Este poema sem graça
O sol, esse cálido verso visto por meus olhos,
aquece o meu olhar, dissipa frios,
não se deixa secamente vazio,
mas me ama e junto de mim a minha poesia.
A lua, essa amiga dos meus luares,
é o melhor romance do meu peito
e a melhor flor do meu jardim
que, assim,nasce longe e morre perto de mim
entre as noites e as madrugadas.
Em meus dias há sóis e luas,
luas e sóis tão mansos
que fazer este poema não me dá espanto
porque consigo nele voar sem qualquer asa,
sorrir sem graça
e chorar sem pranto.