NO MEU CAMINHO NÃO TINHA UMA PEDRA
No meio do meu caminho
não tinha uma pedra
tinha um MAS....
porque a pedra do poeta
era o osso dele roer
e pra mim não há
sequer o osso
então eu roo as unhas?
Aonde procurei terei achado?
E o que eu achei
já está destinado?
E lá vem o MAS...
Senhora de mundos virtuais
me fiz em falas várias.
De beijos na tela me fartei
Oh bela que trafegas nas noites
e engoles desejos
em forma de promessas...
Em modos de acreditar na sorte
tuas mãos ainda estão vazias?
Senhora de entretantos
tão pressurosos, oh sina...
recortam minhas esperanças
e fustigam minhas costas
de açoites em reincidências
não reconhecidas.
No meio do caminho
não tinha uma pedra
sequer caminho havia
e meus olhos tentaram em vão
buscar além, ver através.
Adversativas adversárias
pontilharam minhas noites
e dias!
Quisera eu, a pedra do poeta!