Chi sei tu?
Que ser é este?
Tão altivo
e de semblante da Renascença.
Que anjo é este?
Que transpassa a fumaça;
que em meus olhos,
ergue a poeira.
Perfeito! Sim!
Teu corpo,
teus olhos.
Teus 7 sentidos,
em mim,
sentidos e serenos.
Me corta este
olhar de medo.
Do pavor do perfume
de meu suor,
que em tuas narinas
tão corretas,
invade puro e pedinte.
Ouve minhas palavras fáceis.
Escuta meu tolo coração.
Sente o gosto no contato
tão pedido em meus sonhos.
Toque teu cabelo.
Aí, percebo tua face.
Sim, és bela mesmo.
Tanto que,
pedindo a esmo -
no embalo dos desejos -
sou mais ti
que qualquer coisa.
Te desejei antes do pulo
no abismo em que caí.
Mas de lá ressurgi,
como a Fênix
das cinzas
de um amor ingênuo.
Ora, olhe-me sem terror
ou sem repúdio.
Deseje-me um instante.
Pinte-me em tua vida.
Sou o azul de teu mar
e o castanho em teu olhar.
Sou os contornos falhos,
di una Gioconda brutta.
Sou tudo o que temes
e és aquilo que necessito:
beijos com sabor
de fruta mordida.