O outro
A Nietzsche
O aço do espelho oferece
Um rosto pálido
Um anti-reflexo
Que revela a face
E vence o nexo.
Os vincos do homem sério
O desejo ficando velho
Um silencio que converge
E convence.
O rosto deste estrangeiro
Ocasional companheiro
Não conviveu com o menino
Que semeava sonhos.
Esta sombra desmascarada
Cópia sem poesia
Emerge do escuro do trauma
Destituída de alma
Empurra para o futuro
As dores e as fantasias
De um cego
Que só enxergava luz
E morava na utopia.