Neófito.
O mundo que guardo
Não se descreve em êxtases
Não se depura em lágrimas
Nem anseia o infinito...
Do caos das memórias libertinas
A prisão dos desejos concedidos
Descobri a ordem
Na desordem dos conflitos
A beleza era vã
A virtude era vazia
Tudo que tanto negava
Era um mundo que resistia
O minuto não resistiu
A consideração do eterno
As horas ruíram
Os sonhos foram assassinados
A esperança foi abandonada
Como despojo de uma guerra qualquer
O mundo que guardo em mim
É da infinitude de um minuto
E traz no pulso do tempo
Um silencio que anseia pelo fim de tudo