Entrego

Leve, se quiseres, esta obra

Que, construída, causou-me gana

Com frígidas mãos que meu rosto bolina

Congelando, sombrias, o que me impôs a chama.

Chama quente que em fria alma

Controla choros e risos nascentes

Queimando tudo que se impõe à calma

Instalando, em meus olhos, brilho fulgente.

Não será perda, nem sequer desencontro

Desistência, talvez, desta obra insana

Que burlando o que tarde abandono

Colhe, cedo, tudo que planto.

Li Vaz
Enviado por Li Vaz em 11/03/2009
Reeditado em 04/04/2009
Código do texto: T1481423
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