Looping
Alô, Alô, Terezinha
Como diria o cantor de blues:
“Não sou bom nem ruim
Não tenho início nem fim”
A verdade não existe
Varia no espaço e evolui no tempo
Ou involui?
Afinal, absoluta é apenas uma palavra
Por isso vivemos assim:
Um pouco fora da lei...
Mas dentro da normalidade.
Da vida, já conheço as quatro estações
E aí vem a questão:
As estações não são sempre iguais.
Há anos em que a primavera tem mais flores
O inverno causa mais tremores!
Temos que ser camaleão
Buscar luz na escuridão
E vida na desilusão.
Sou um eterno aprendiz
Do mundo, da vida e de mim mesmo
E quem não é?
Velhas fórmulas já não resolvem antigos problemas
Algumas questões demandam novas soluções!
E, quando a saída mais adequada é romper com o passado e com o presente,
Meus ficam no ar
Me falta o chão
Mudanças causam temores.
Mas eu encaro!
As cortinas se abrem:
O que eu esperava escuro e sem forma
Começa a apresentar luz e contornos
E quando meus olhos assimilam a nova paisagem
Vejo que, talvez, já devesse ter aberto as cortinas antes
Mas tudo a seu tempo!
Quanto mais eu vivo,
Mais me convenço que sempre estive no lugar certo,
Na hora certa.
Pois como defende o ditado popular:
“Quando Deus nos fecha uma porta
Ele abre uma janela”.
E indo mais além, no que se diz por aí:
“Podemos perder alguma batalhas
Mas nunca a lição”
(ou a pose?)
Afinal, a verdade não existe
Mas sim a conveniência.
Não se espante por não ter entendido
O enredo que agora derramo sobre esta página
Pois sou do tempo em que o Chacrinha dizia:
“Alô, alô, Terezinha
Eu não vim para explicar
Eu vim para confundir”.
E como diria o cantor de blues:
“Não sou bom nem ruim
Não tenho início nem fim”
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