FEIRA
Ah quão alegre e colorida é a feira
Sob suas barracas de madeira e lonas
Frutas, verduras e aromas
Todos a trazerem para os pratos
O sabor dos vários lados
Desse farto e imenso território
Que de um lado sobra iguarias
Do outro lado se nota mesas vazias.
Arrancarem pelo menos uma alface
A estarem entre sobras e poucas folhagens
O sustento da criança de nariz ranhenta
Suja e mal vestida
Que nem notamos a face de
Sujo que torna a piedade
No meio de gritos, promoções e alegrias.
Passa desapercebida pela maioria
E seguem o seu destino, conseguem.
Ó de vidas outras
Espanhóis, ou prostitutas e sábios
É domingo o que importa
Não é nada.
Hoje para é só um dia qualquer
Para as Marias, Adonias e Leilas
Hoje é domingo
Dia de feira.