ADEUS, MEU AMOR!

Adeus, meu amor!...
Tenho que neste momento
de ti mais uma vez me despedir.

É chegada á hora
deste poeta que já moribundo
ainda tanto luta para estar
aqui, ter que partir.

Enquanto vê que se prenuncia
 a morte, e todos os seus sonhos...
já se tornam impossíveis de poder
como muitos uma vida constituir.

A morte que é tão tenebrosa
se torna grácil, e se faz por muito
ser abstrata, mas que nem mesmo
para este poeta, ela pode lhes sorrir.

Adeus, adeus meus amor!
Adeus meus tantos sonhos... Se assim
eu não posso com todos ir.  Mas deixo marcas
guardadas em teu peito para que somente saibas...

Que por mim foste querida, e muito amada.
E em tantos dos meus sonhos por muito, e muito
tempo pudeste neles coexistir.