MARIONETE
Efigênia Coutinho
Todas estas cordas que me ligam,
A um corpo com alma, e que respira,
Deseja a liberdade para sonhar,
Para estar livre sem sujeição,
Na dança futurecida, fazer a canção.
Da vontade de viver, seguir sua emoção..

 Eu movo-me quando você murmura,
E nunca tenho a minha razão. ...
Eu venho sendo um marionete ,
Sentindo-me presa num cativeiro.
Não estamos sendo humanos.
Para viver, precisamos do coração.


Ao lacre , sagrei solene eterninade.
Sendo a arte poética futuridade...
Mas quando o nosso tempo chegar.
A  tal sonhada felicidade é quebrada.
O prescrito se realizará além, finalmente.
A você… eu importei verdadeiramente!


Eu o exaltei em todos os tempos, lado a lado,
Com eloquência arrebatadora, eu o apoiei,
Ajudei estancar suas feridas vivenciadas.
No momento em que nós morremos…
Sobreviveram nossa arte, para a arte da vida
Quem soube que você teve um coração?...

 
Balneário Camboriú
18/01/2009
 

 

Edvaldo Rosa
Enviado por Edvaldo Rosa em 10/03/2009
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