EMPRESTA-ME A TUA ALMA

EMPRESTA-ME A TUA ALMA

Já sei por onde escoam as águas da fonte

desse sorriso de cristal que me entorpece

de sonhos o rebanho de minhas emoções.

Ecoa-me a canção destas amenas águas

que te escorrem das pedras derramadas

na ânfora do corpo em cálice de outono.

E os teus sorrisos são libélulas de beijos

tangidas pelas flautas doces das ribeiras

do impulsivo destino de lavar o coração.

Então me empresta a alma de alvorada

para tirar de ti as pedras dos caminhos

e apascentar as águas do meu ribeirão.

Benditos sejam os clarins da primavera

benditos sejam os que viverão de rosas

porque de espinhos eles não perecerão.

Afonso Estebanez

Afonso Estebanez
Enviado por Afonso Estebanez em 10/03/2009
Código do texto: T1478395
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