TALVEZ POR MEDO DE AMAR


O destino prega peças
que, muitas vezes,
às pressas,
nem conseguimos notar.

Talvez por medo de amar
podendo nos desnudar
e sem querer nos entregar,
fingimos não perceber
o que está evidentemente
enunciado,
claramente
proclamado pelo olhar.

Talvez por medo de amar
nos deslocamos p'ra longe,
bem distante
do nosso quarto vazio
e, no entanto, surpreendidos,
descobrimos
aturdidos,
que a distância nos uniu.



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