É preciso mais...
Muitas vezes não sei lidar com os menos
Doei o que tinha, certeza que acrescentei
Então o que de repente me toma
nesta pouca ou nenhuma verdade?
Onde vou abrir minhas asas
se há cada vez menos vento?
É como se eu estendesse os braços
e chegasse até o eco.
Tão próximo, que me assusta.
E se o toco ouço estilhaços
cortando o silêncio de tudo.
Vira pó e flutua no espaço
deixando o meu eu totalmente mudo.
É preciso mais...
E no entanto, em estado de alerta,
entra o pânico em usufruto
do meu corpo, da minha mente.
Não quero sentir calafrios
Quero amornar devagar
sentir que há sangue latente
saber que posso voar
É preciso mais...
Mais que uma mudança no ciclo
Muito mais que uma dança de letras
É preciso mais que o imperativo de amar.