Meu sono é pássaro de sono leve
 Sedimentando o silêncio
No dorso da noite
Meus sonhos madrugam
Voam
Íntimos como a seiva
E os conflitos.
Sou como essa seiva
Lavada pela chuva.
Sinto-me líquida
Gotejando na noite...
Sigo trincando o silêncio
Vicejando
Na intimidade dos espelhos
Na extensão dos sentidos
Tenho em mim essa solidão dos pássaros
E meu barco singra
As madrugadas e a inércia.
Minhas palavras
Se encerram
Nas primeiras chuvas
No amanhecer das estrelas.