EU NÃO POSSO TE ROUBAR
Eu não posso mais te roubar
A inocência perdida
Pois os anos se encarregaram
De torná-la esquecida
Mas ainda posso te roubar
O frescor da juventude
Que ainda conservas
Nesse corpo sem virtude
E posso ainda te roubar
A beleza que desabrocha
Com toda a intensidade
Nesse teu rosto de cabrocha
Mas por que roubar-te tudo isso
Se tu os ofereces para mim
Num desejo intenso e impreciso
Em insinuações sem fim?