COISAS DE MIM
Eu não pertenço,
eu me cedo!
Mas não me alugo.
Eu me dou!
Quem me quer
tem de alcançar
a mesma escala no amor.
Tem de saber
que me encontra
numa freqüência especial.
Que apenas me sintoniza
quem tem o mesmo sinal.
Eu sou de quem me cativa.
De quem não quer se entregar.
De quem se cobre por fora
mas se desnuda no olhar.
Quem me descobre me aviva.
Mas não me deixo encontrar.
Eu estou sempre indo embora
de onde mais quero ficar.
Nem sempre quem tenho ao lado
julgando me dominar
é quem caminha comigo;
eu também sou de enganar.
E às vezes fico com pena
de quem pretende me usar,
pois quem me usa não nota
que poderia me achar.
Não sou as letras que traço,
nem os presentes que dou.
Sou o que sou, o que faço.
Sou o que sinto; uns pedaços.
Não o que digo que sou.
Janeiro de 1972 – Meu caderno de Capa de Pano.
Eu não pertenço,
eu me cedo!
Mas não me alugo.
Eu me dou!
Quem me quer
tem de alcançar
a mesma escala no amor.
Tem de saber
que me encontra
numa freqüência especial.
Que apenas me sintoniza
quem tem o mesmo sinal.
Eu sou de quem me cativa.
De quem não quer se entregar.
De quem se cobre por fora
mas se desnuda no olhar.
Quem me descobre me aviva.
Mas não me deixo encontrar.
Eu estou sempre indo embora
de onde mais quero ficar.
Nem sempre quem tenho ao lado
julgando me dominar
é quem caminha comigo;
eu também sou de enganar.
E às vezes fico com pena
de quem pretende me usar,
pois quem me usa não nota
que poderia me achar.
Não sou as letras que traço,
nem os presentes que dou.
Sou o que sou, o que faço.
Sou o que sinto; uns pedaços.
Não o que digo que sou.
Janeiro de 1972 – Meu caderno de Capa de Pano.