Mão que apedreja
Sentada, ela pensava...
como se a dor
só lhe doesse na alma,
pois seu corpo
que estava ferido,
por si só
lhe enojava.
As lembranças daquela tarde,
as marcas na pele branca.
Sentada, ela chorava...
como se uma chuva
lhe chovesse
de maneira inesperada.
Seu corpo então tremia,
seus olhos tão tristes
lagrimavam.
Os gritos amedrontados,
delicadesa violada.
A mão que dava o alimento
era a mesma que agora lhe matava.