Trovador!
Um corpo em excitação.
A deriva nas águas da imaginação.
Com a emoção à flor da pele,
E o barulho dessa chuva....
Que não serve para aplacar o fogo,
Que no momento me domina o corpo!
Quero fugir do sonho,
E acordar para teus beijos.
Fecho os olhos,
E minha alma te chama,
E o desejo derrete e derrama,
Do meu ventre, larva morna, ardente...
Tão só e tão carente!
Mais não há tempo nem distância,
Que me impeçam o gozo,
Que alcanço quando leio teus versos,
E mergulho na tua paixão,
Desmedida, ardente... da minha tão parecida.
Solitária, me faço amor,
Pensando em tuas palavras,
Gravadas na tela, fria e distante,
Mais tão presente e constante.
Em mim, enfim.
Perdida de amor,
Por um distante trovador!