Lira dos 17 anos
Metafisicamente falando, sou o que há
a matéria em seu estado perfeito
socialmente - e ironicamente -
sou de uma torpeza incomparável
Vivo na escuridão do subconsciente,
pois lá, sou inatingível
me refugio nas sombras
e minha obscenidade é meu escudo.
Meu vicio?
Teu credo
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Sinto minha mente fervendo
idéias pululam em um ritmo alucinante
mas meu corpo, meu corpo flutua
como a folha morta trazida pelo vento
o mesmo vento que leva o cheiro fúnebre
à casa da família perfeita
algo de mórbido está acontecendo
matéria fria perfura o turbilhão
No fim do arco-íris há um pote de ouro
corram até ele
levem-no daqui
corram até ele
meus deus, como serei belo quando morto
mas a morte finda a dor
e na dor é que nos sentimos vivos
alegria e prazer entorpecem
retomo os sentidos
amanhã...talvez