Filho Pródigo

Idealizaste teus castelos...

mergulhaste na dissipação...

rompendo o tênue fio

que prendia teus pés juvenis

ao solo firme da razão.

Ignoraste avisos e conselhos,

perseguindo teus insensatos anseios,

enfrentando perigos iminentes,

em gestos infelizes e inconseqüentes

de quem se entrega ao prazer e á fantasia,

trancafiando-te solitário

em teu pequeno mundo de falsa alegria!

Elegeste as trevas por companhia,

não viste o tempo se esvair...

ferindo assim teus reais afetos,

esquecendo justamente aqueles

que te estendiam braços abertos...

Com teus planos importantes,

teus projetos de infante,

esmagaste a esperança dos teus!

Filho... o que fizeste

durante todo este tempo...

que não percebeste...

que nem sequer ouviste

a prece sentida e o pranto triste...

de teus pais?

Bernardo Maciel
Enviado por Bernardo Maciel em 05/03/2009
Código do texto: T1470325
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