Claridade

Um feixe de luz azulada
Apareceu no meu quarto
E eu então me assustei
Nessa noite estava só
Minha família
Havia viajado
E a minha irmã
Tinha ido a uma festa
Com o seu namorado
Naquela hora
Meus pensamentos
Se aquietavam
E como sempre
Esperava o sono
Tentando dormir
Mas a rotina da noite
Se quebrou
E de repente
Um fio fino de luz
Apareceu na parede azul
E logo uma luz azulada
Tomou conta do meu quarto
Nesse instante! Pulei da cama
E sai em pânico para a sala
Gritando pela vizinha
Que chegou muito rápido
Mesmo no momento
Em que eu abri a porta
Nessa época eu morava
Num pequeno povoado
Sem energia elétrica
Não era noite de lua
Nem inverno
Com claro de relâmpago
Portanto,
Não tinha de onde surgir
Aquele raio de luz
Contei o fato pra vizinha
E fiquei lá
Até a minha irmã chegar
Nessa noite,
Ficamos com muito medo
E foi bem difícil adormecermos
Episódios assim inexplicáveis
Pude ver várias vezes
Durante a minha adolescência
E hoje após tantos anos
Fico a pensar...
De onde vinham
Essas visões
E por que motivo eu as via?
Bem, só sei que vi muitas coisas
Entre elas
Repentinas claridades
Que muito me amedrontavam
***
Visões na adolescência...
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Poetisa da Caatinga
Natal, 04.03.2009
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 04/03/2009
Reeditado em 22/09/2020
Código do texto: T1469654
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