ELA
Mulher, somente uma mulher
Triste, errante pelo sofrimento
Vagueia pela rua do tormento
Da vida nada espera, nada quer
Já foi uma dama respeitada
Com fino trato e moradia
Um semblante de alegria
Mulher bonita e muito amada
Mas um dia uma fatalidade
Carregou seu ente querido
Seu grande amor, o marido
Levando consigo a felicidade
O sofrimento limitou sua beleza
Sua mente então debilitada
Facilmente dos bens roubada
Doente, sozinha e indefesa
Ela... Sem nome, suja, surrada
Alimenta-se das sobras do lixão
Mulher indigente, sem coração
Que na rua agora faz sua morada