ELA

Mulher, somente uma mulher

Triste, errante pelo sofrimento

Vagueia pela rua do tormento

Da vida nada espera, nada quer

Já foi uma dama respeitada

Com fino trato e moradia

Um semblante de alegria

Mulher bonita e muito amada

Mas um dia uma fatalidade

Carregou seu ente querido

Seu grande amor, o marido

Levando consigo a felicidade

O sofrimento limitou sua beleza

Sua mente então debilitada

Facilmente dos bens roubada

Doente, sozinha e indefesa

Ela... Sem nome, suja, surrada

Alimenta-se das sobras do lixão

Mulher indigente, sem coração

Que na rua agora faz sua morada

Renate Emanuele
Enviado por Renate Emanuele em 04/05/2005
Código do texto: T14684