DEVANEIO
Entre o sonho e o real,
eu me componho: num torvelinho
adagial , rallentando, a caminho.
Ando sempre em desalinho...
Imagino... e creio no que não é.
Desacredito do que é...desatino.
Minha identidade, um balanceio.
Com fé, pela verdade anseio.
Não sei onde a encontrar.
Nas coisas concretas do dia-a-dia,
nas brumas estetas da fantasia ?
Vou seguindo... equilibrista
sobre a tênue ponte branca
da vida, devaneio. Sou artista.
Lina Meirelles
Rio, 03.03.09
(para o Fórum – poesia on line – mote: Fantasias)