Que se pode dizer

Nunca conversei

olhando nos olhos;

somente os teus.

Nunca dei atenção

a filósofos comunistas

e seus desígnios;

somente os teus.

Edifiquei meus sonhos,

de família

e de amor

nunca sentido.

Nada houve,

só uma ilusão carnívora

em meu

coração de brinquedo.

Cantei luzes, meses,

anos, que nem sei

porque, agora,

me arrancam lágrimas.

Cantei o possível

para ter-te por

toda a vida.

Todavia, minha voz se perdeu.

Minha canção se dispersou;

o amor estava morto.

eu, novamente, vivo

Choro hoje meu salário

que paga o de outrem.

Choro hoje a saudade

em alegrias de quem

não se sabe muito.

Sonho meus sonhos simples.

Descalço, vou sobre os cacos

de meus objetivos mais insanos.

Do não conhecer.

Do confuso.

Divino.

Onde vem,

minha poesia?

Michelle,

my belle.

Io vedo te

i ti voglio.

Non so perchè,

però sento.

Sont les mots

qui vont tres

bien ensemble,

tres bien ensemble.

Raul Furiatti Moreira
Enviado por Raul Furiatti Moreira em 03/03/2009
Código do texto: T1466791
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