Anuncio do massacre
Terra das televisões humanas
Beijam a face das árvores
As fazem apodrecer
E o veneno transparece a ver.
Olhos de faz de conta
Mexem comigo e me deixam tonta.
Sinto o cheiro de chamas douradas,
Nem um pouco exageradas.
Neblina enevoada
Cobre-me e me deixa atada
E o coração que bate na porta
Pedindo uma volta.
Misteriosa fala dos ares,
Assobio paralelo entre as aves.
Estão a me chamar?
Não, só o massacre estão a avisar.