Os causos do Luiz Tatico
Vou escrever sobre uma pessoa
Que na cidade é esquecida
Ele é Luiz Tatico
Que faz parte da minha vida
Sempre falando sério
Folclorico e inteligente
Nos nossos bate papo
Fazia a alegria da gente
Com seus casos hilariantes
Na memória será eterna
Principalmente a do vento
Que entortou a cisterna
Continuando a história
Que faço de bom grado
Como a do jacaré
Que morreu afogado
Na fazenda tinha um lago
Que ele cuidava com amor
Ali e pegava peixes
Com um gato pescador
Alguns tentaram imitá-lo
Mas não conseguiram não
O único que aproximou
Foi o Pantaleão
Tem uma que ele contou
Que eu achei muita graça
É que a Embaré planejava
Engarrafar a fumaça
Na fazenda plantou milho
E isso não é fofoca
O sol era muito quente
Quando chegou na lavoura
Era pura pipoca
Tem também a do bambu
Que canalizava água prá cozinha
O bambu apodreceu
A água continuou sozinha
Encerrando os meus versos
Quero cobri-lo de glória
Que pena minha cidade
Não tem museu, nem história
Autor: Otaviano Silva