THE LOST PARADISE

THE LOST PARADISE

Na busca incessante do amor,

quando as têmporas já se encontram tingidas

(pelo tempo?)

quando necessário o vinho para acender a chama,

a música – voltando os ponteiros do relógio –

o bolero,

como o do Falso Brilhante,

na louca noite de sucesso (? ? ?), tão falsa como o brilhante,

de repente,

mas tão de repente, que parecia ser adolescente,

não justificando

não se culpando

não pedindo

nada

a embriaguez – total – não do vinho,

da juventude

o amor em plenitude

o frescor da noite numa Coca-Cola.

MAS

é tarde,

o dia (que tristeza!) volta a clarear

o tempo perdido que não voltará.

Avançam os ponteiros,

sem qualquer piedade,

com eles, a constatação da realidade:

não é possível,

o paraíso existe apenas no Gênese.

antonio luiz fontela
Enviado por antonio luiz fontela em 27/02/2009
Código do texto: T1460013