THE LOST PARADISE
THE LOST PARADISE
Na busca incessante do amor,
quando as têmporas já se encontram tingidas
(pelo tempo?)
quando necessário o vinho para acender a chama,
a música – voltando os ponteiros do relógio –
o bolero,
como o do Falso Brilhante,
na louca noite de sucesso (? ? ?), tão falsa como o brilhante,
de repente,
mas tão de repente, que parecia ser adolescente,
não justificando
não se culpando
não pedindo
nada
a embriaguez – total – não do vinho,
da juventude
o amor em plenitude
o frescor da noite numa Coca-Cola.
MAS
é tarde,
o dia (que tristeza!) volta a clarear
o tempo perdido que não voltará.
Avançam os ponteiros,
sem qualquer piedade,
com eles, a constatação da realidade:
não é possível,
o paraíso existe apenas no Gênese.