QUASE CELESTIAL
Observando o cotidiano
tão leviano
de minha triste existência
impregnada de tanta ambivalência
tentei jogar o jogo cênico
do real e do absoluto
mesmo sem receber nenhum tributo.
Na minha agenda
sem nenhuma subemenda
com um toque exótico
modifiquei meu estilo e inventei em sigilo
um viver paranóico.
Porém, minha paixão à vida
mostrou-me as tendências da necessidade
de uma clássica convivência.
E por conveniência,
embora num viver artificial,
estou sempre em busca de um alto astral.
Quase celestial!