Sincero otimista

Sincero otimista

Tudo mudou, sinto um leve cheiro de loucura no ar

cheiro este que não vem lá de fora, não entra pela janela,

este cheiro está em mim.

Esta na minha pele, mistura-se com meu suor, sai de mim.

E como foi fácil desistir, seria um retorno amargo,

traumatizador e potencializador da dor.

Seria como a guerra perdida sem luta,

como quem acorda de um sonho na hora errada.

Cá estou, bebendo um café ao lado da janela dos fundos ,

vejo os prédios, alguém ainda trabalha no edifício ao lado,

ele não me acena, acho que conectei na rede dele,

eu o agradeço, ele fica sem saber.

Logo chega a princesa, dona deste lar,

acolheu-me como um órfão ao pé da porta,

me dá colo e me alimenta, é bonita

uma linda negra, uma mulher, bela fêmea.

A única certeza que eu tenho agora,

me morde os calcanhares, me diz que tenho sorte,

eu admito, um pouco talvez eu tenha, não sou o sete-belo,

nem um ás de copas, o coringa? Quem sabe?

Quando o inesperado amor chega, tudo fica mais calmo,

podemos costurar as esperanças que retalhamos,

podemos assistir filmes como antigamente,

podemos pensar, dar uma pausa, parar um pouquinho só, para pensar.

A solidão assusta até o mais corajoso,

é necessário compartilhar, ver que nada vale tanto assim,

enxergar pessoas em vez de rir das mesmas, gritar bem alto,

que você esta tentando ser feliz.

Eu estou começando a gostar de ser otimista novamente,

até que não é tão ruim, jogar pra cima, que a mão de Deus nos guie!

Torcer pelo time de futebol do coração, ler mais alguns livros, talvez a Palavra, Apostar no número da sorte, notar que a merda não fede tanto assim.

Robson Deorristt

rdeorristt
Enviado por rdeorristt em 26/02/2009
Código do texto: T1459139
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