cinzas
Cinzas
Cinza quarta-feira de cinza,
Rasgamos nossas fantasias,
Recuamos a bateria, ao recuo das vidas vazias,
Desenfreada como o atropelo dos carros velozes,
Por entre ruas, avenidas e pontes,
A normalidade comanda a evolução não dos passos sincronizados,
E sim das vidas e passos dados pela evolução, não do homem, a do lucro.
Alegorias acinzentadas como esta quarta vazia e fria,
Longe dos seus braços, sem colombinas.
Os adereços dos seus olhos negros a cruzar com meu,
Num samba enredo épico de apogeu e camafeus,
Zeus onde estão estes aedos,
Que inspiraram este enredo,
Do carnaval das vidas ilegais.
Que nos faz lembrar de outros carnavais.