O Medo

Olhos turvos diante do fracasso

Limitam caminhos a serem seguidos

Tornam-se cegos em seu passo a passo

Perdendo lutas, mesmo antes do conflito.

Lavam cérebros, banham almas

Tingem sonhos, usando-se o negro

Escondem luz, como lâmpada que se apaga,

Fazendo, das conquistas, impossíveis brinquedos.

Homens que, diante da vida, param

Por não saberem qual melhor esquina

Decidem dobrar suas almas cálidas,

Em vez de buscar o que ela ensina.

Bocas aprisionadas, ameaças

Vozes falando para dentro

Sorrisos, tímidos, como dos fracos,

Cortinas, escondendo pensamentos.

Um dia as correntes se soltam

E seus olhos tornar-se-ão límpidos,

Sua alma, qual criança, floresça

E encontre, enfim, seu destino.

Li Vaz
Enviado por Li Vaz em 25/02/2009
Reeditado em 09/10/2009
Código do texto: T1456524
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