O Medo
Olhos turvos diante do fracasso
Limitam caminhos a serem seguidos
Tornam-se cegos em seu passo a passo
Perdendo lutas, mesmo antes do conflito.
Lavam cérebros, banham almas
Tingem sonhos, usando-se o negro
Escondem luz, como lâmpada que se apaga,
Fazendo, das conquistas, impossíveis brinquedos.
Homens que, diante da vida, param
Por não saberem qual melhor esquina
Decidem dobrar suas almas cálidas,
Em vez de buscar o que ela ensina.
Bocas aprisionadas, ameaças
Vozes falando para dentro
Sorrisos, tímidos, como dos fracos,
Cortinas, escondendo pensamentos.
Um dia as correntes se soltam
E seus olhos tornar-se-ão límpidos,
Sua alma, qual criança, floresça
E encontre, enfim, seu destino.