Teimosia
No vai e vem a vida vira poesia
Um lápis, uma folha, um dia
Palavras brincam de esconde-esconde
Fluem fácil, mais do que dizer.
No brinquedo das letras sós
soletramos um pouco de nós.
Narramos a cor e a dor do dia.
Assim é fazer uma poesia.
Os sentimentos são temas,
alegrias e dores viram poemas
E é nessa criação infinita
que em versos brota bonita.
Se a primeira linha socorre,
é sóbrio se estar de porre.
Como cheiro, espalha e exala.
Não dá mais para conter a fala.
Despidos, estamos perdidos, e
pelo poema fomos traídos.
Trancamos portas e janelas, pois
não raro a poesia entra por elas.
Jogamos o papel e o lápis fora,
e nem assim, o verso vai embora.