Teimosia

No vai e vem a vida vira poesia

Um lápis, uma folha, um dia

Palavras brincam de esconde-esconde

Fluem fácil, mais do que dizer.

No brinquedo das letras sós

soletramos um pouco de nós.

Narramos a cor e a dor do dia.

Assim é fazer uma poesia.

Os sentimentos são temas,

alegrias e dores viram poemas

E é nessa criação infinita

que em versos brota bonita.

Se a primeira linha socorre,

é sóbrio se estar de porre.

Como cheiro, espalha e exala.

Não dá mais para conter a fala.

Despidos, estamos perdidos, e

pelo poema fomos traídos.

Trancamos portas e janelas, pois

não raro a poesia entra por elas.

Jogamos o papel e o lápis fora,

e nem assim, o verso vai embora.

Lislopes
Enviado por Lislopes em 26/04/2006
Código do texto: T145604