Sobre a Consciência da Morte
SOU,
o homem enxerga o abismo que a auto-consciência lhe deixou,
nu em frente ao espelho, as estradas turvas
que a natureza confeccionou,
entende a dicotomia que Deus
à existência condenou
saber que a vida é a promessa da cova,
aberta e exposta,
ao sol que já pousou;
que viver é lavrar o solo infértil
esquecendo o destino que já o lavrou.
SOUL, a alma mesmo,
de homem-bicho que se sente inteiro,
a buscar o motivo (escondido)
de se viver a vida a esmo.
viver é preencher o intervalo intrépido
entre despertar e esmaecer, completo.