ESTILHAÇOS DE CERTEZA

Perdido em meus devaneios,

converso com o amor.

Descrevo seu corpo.

Acanho-me com seu olhar.

Sou atraído por teu mundo.

Encontro-te em meu sonho.

Faço-te meu poema.

Prefiro parecer torturado a ir embora.

A escuridão pode parecer um mal,

mas transpira desafio.

Ainda que encarar tua face de pudor e piedade

faça me ver coitado,

nos sonhos e nos planos

sou o príncipe do corcel branco

que beija teu ego adormecido.

Anda quem anda solto junto às correntes.

Vinga e rompe as grades de plástico,

em sala inundada por tal uísque.

Esconde sob a mesa,

embora o pranto seja meu.

Este pranto, desconhecido pelas lágrimas,

encontra no vigor da pureza

a exatidão das curvas.

Incompreendido e afastado,

ainda naufrago nas incertezas.

Ainda se escrevem versos de amor.

Ainda se fazem guerras por supremacia.

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Este poema compõe o projeto "O tolo, o roto e o homem"

Luís César Padilha
Enviado por Luís César Padilha em 24/02/2009
Código do texto: T1455846
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