ESTILHAÇOS DE CERTEZA
Perdido em meus devaneios,
converso com o amor.
Descrevo seu corpo.
Acanho-me com seu olhar.
Sou atraído por teu mundo.
Encontro-te em meu sonho.
Faço-te meu poema.
Prefiro parecer torturado a ir embora.
A escuridão pode parecer um mal,
mas transpira desafio.
Ainda que encarar tua face de pudor e piedade
faça me ver coitado,
nos sonhos e nos planos
sou o príncipe do corcel branco
que beija teu ego adormecido.
Anda quem anda solto junto às correntes.
Vinga e rompe as grades de plástico,
em sala inundada por tal uísque.
Esconde sob a mesa,
embora o pranto seja meu.
Este pranto, desconhecido pelas lágrimas,
encontra no vigor da pureza
a exatidão das curvas.
Incompreendido e afastado,
ainda naufrago nas incertezas.
Ainda se escrevem versos de amor.
Ainda se fazem guerras por supremacia.
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Este poema compõe o projeto "O tolo, o roto e o homem"