Silêncio
Silêncio
Ciducha
Olhar cravado no infinito
vazio na parede nua,
vivo o seu silêncio e o meu...
Nesse parto da solidão,
não há dor ou lágrimas.
Sonho com seus afagos,
seus beijos ardentes,
abraço seu abraço terno...
Não há queixa na voz,
que chama seu nome no escuro.
Há apenas esse ardor amante,
de ser agora e sempre
sua novamente
Olhar cravado no imponderável,
silêncio na parede nua...
Caminho em tardes de chuva,
meu peito, seu apoio,
meu braço, seu amparo,
seu abandono
minha esperança...
E confesso:
- Odeio esse silêncio!...