ESTRANHA VISÃO
ESTRANHA VISÃO
Paulo Gondim
24/02/2009
Escombros da alma
Gestos sem calma
Fúria do ser
Inóspita visão
Ignara ilusão
Abalado sofrer
Mergulho no escuro
Um feto imaturo
Que insiste em nascer
Mesmo que lhe aborte
O medo da morte
Precisa vencer
E a fúria se espalha
Em negra mortalha
Em gritos sombrios
Mistura de gozo
Num tom pavoroso
Em ecos tão frios
Rajadas de vento
Que se faz tormento
No frio açoite
Lamento se esvai
Em grito que vai
Afora, na noite