A meiga vóz da beleza.
Eu não quero mais chorar
E não pretendo mais sofrer
Mas não quero deixar de amar
Quem não quer me querer,
O coração fica dolorido
Quando a gente quer e ama
Todo choroso e sofrido
Chamuscado pela fagulha da chama.
De uma paixão que cativa
Que queima e me faz sofrer
A alma nem sabe se está viva
O coração fica sem entender.
Seria bom que não existise
Uma paixão dessa natureza
E que o coração não ouvise
A meiga vóz da beleza.
Mas coração nunca obedece
E só faz o que lhe convem
Ai a gente enlouquece
E passa a amar muito alem.
Achando que nada impede
Ultrapassa leis e regras
Mas o curso da vida não concede
E ai o sonho de amor desintegra.
A paixão contem muito veneno
E é um incentivo para amar
Pouco importa se dormir no sereno
Ou se tenho que de joelho jurar.