Azul…
Azul…
o mar bateu nas pedras.
E não quis aliviar a minha dor.
Me deixou te amando assim
um amor azul
e meu sangue ferveu.
Me senti tão sozinha que quis ser o mar...
para bater assim nas pedras com violência.
Gritei em vão, chorei em vão.
Meus joelhos tocaram o chão e
meus olhos foram firmes para não chorar.
Azul... friamente continuo a te amar.
E não tenho previsão de parar.
Meu descanso é impossível,
meu amor é inevitável...
E flutuar como um balão no céu azul...
ah, isso é tão cinza!
Não vou pedir a morte nem o mar.
Só me deixe aqui, tão azul de sentimentos negros.
Azul...
o vento soprou em meus ouvidos,
bagunçou meus cabelos,
me pediu licença e eu fui triste em meus versos.
Perdi meus passos na noite
e azul foi a voz do meu coração.
E me pedia pra voltar,
que o mar me chamava de azul.
E das pedras fui assim... pra sempre...
cantando em azul, o negro amor que vivi.