A mulher de trinta anos
Sabe o poder que tem
Seus olhos são tão soberanos
E a mente viva, também.
Ela é mesmo irresistível!
As mais bonitas das mulheres!
Uma fêmea de alto nível!
Prazer pra mil talheres!
Elas são independentes
Não têm urgências juvenis
São deveras envolventes
Mas sabem ser sutis.
Estão numa fase especial
Não têm pressa para nada
Maturidade é essencial
Pra essa gata refinada.
Não tem vergonha de ser menina
São aquecidas de prazer
Essa mulher a todos fascina
Mesmo sem querer.
Não são como as de vinte
Que caem em qualquer conversa
De poeta sem requinte
Que o falso amor versa.
Dessas jovens são o oposto
Não se iludem facilmente
Não declaram seu desgosto
Por uma paixão deprimente.
(Maria Fernandes Shu – 23 de fevereiro de 2009)
'Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis. A mulher jovem tem muitas ilusões, muita inexperiência. Uma nos instrui, a outra quer tudo aprender e acredita ter dito tudo despindo o vestido. (...) Entre elas duas há a distância incomensurável que vai do previsto ao imprevisto, da força à fraqueza. A mulher de trinta anos satisfaz tudo, e a jovem, sob pena de não sê-lo, nada pode satisfazer' – Honoré de Balzac