POETISA

Regilene Rodrigues Neves

Sou mil euforias

Planando num labirinto de anseios

A saída restrita a uma passageira

Que divide caminhos

Em direções opostas...

Sou mil asas de um pássaro

Porque posso voar dentro de mim

Saltar e planar sobre meus sentimentos

Como uma ave imaginária

Que silenciosa sobrevoa longínquos infinitos...

Nada sou, mas sou uma poetisa efêmera...

Meu destino será sempre um poema

Que divaga... Vaga por mil aventuras e sobrevive...

Assim sou poesia que nasce ao remanso das marés

E navega seu destino por vezes sem destino sobre o mar

Cheio de longitudes sobre as ondas

Alcançando sonhos perdidos do meu pássaro poeta...

Mas a direção da alma é o alvo que atinjo

Em meu principio meio e fim.

A história que dentro da estória

Vira uma fábula sentimental da poesia

Dilata pelas entranhas consumidas em versos

E cada estrofe rima muitas vezes sem rima alguma

Apenas para que me sintam nas entrelinhas...

Vivi tanto e nada vivi

Minha experiência é de uma expectadora aprendiz

Disposta a sentir através da alma

Meu lugar insano e puro

De amante e rainha

Porque dentro de mim todas as mulheres

Vivem de amor e sobrevivem de amar!...

Não sou nada apenas uma poetisa de versos

Que soltam do meu corpo e saltam da minha alma...

Nas asas de um pássaro poeta

Sou infinita e serei eterna enquanto dure

Que dure para sempre...

Em 22 de fevereiro de 2009