Zoo

Eis um poeta diferente.

Que se contorce e treme.

Que vive, visceralmente,

Tudo aquilo que escreve.

É verdadeiro,

Não inventa.

Fala com propriedade,

Não aumenta.

Exalta com seriedade,

Ofende com sutileza,

Metrifica aureamente,

Neologisa, genialmente.

Tem vasta cultura,

Material e espiritual,

Tem vastos estilos,

de romances e concretismos.

É um gênio,

E é imortal.

E há na porta de seu quarto,

Um aviso que diz:

"Não alimente o poeta".

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 25/04/2006
Código do texto: T145104