Zoo
Eis um poeta diferente.
Que se contorce e treme.
Que vive, visceralmente,
Tudo aquilo que escreve.
É verdadeiro,
Não inventa.
Fala com propriedade,
Não aumenta.
Exalta com seriedade,
Ofende com sutileza,
Metrifica aureamente,
Neologisa, genialmente.
Tem vasta cultura,
Material e espiritual,
Tem vastos estilos,
de romances e concretismos.
É um gênio,
E é imortal.
E há na porta de seu quarto,
Um aviso que diz:
"Não alimente o poeta".