CARNAVAL
Chega o Carnaval,
confete nas bocas
a gritarem loucas,
quase a sufocar...
muita serpentina
a rodear pescoços
de velhos e moços,
sinto-me enforcar...
corpos nus, suados,
flagrante indecência,
gritam de carência,
se deixando usar...
Vai-se o Carnaval,
levando a ilusão,
fica o coração
vazio a penar...