SONHOS
 
Entre raios desvairados,
lá fora a chuva reclama,
rompendo o silêncio da noite,
batendo a porta da esperança.
 
Enquanto os sonhos não morrem
o tempo desenha novos caminhos
pelos braços dos ventos,
vastos véus feitos de ânsias.
 
As horas seguem em frente
escondendo as estrofes
que não ficam desconhecidas
somente aos olhos da alma.
 
A vida refaz as contas
das perdas, em cada busca
sempre há um recomeço
dos diversos itinerários dos sonhos.
(Graciela da Cunha) 
20/02/09