Pedir mais...
Chama que, meus vales, queima
Quando chega noite em minha cama
Amortecendo meus medos do dia
Entregando-me a quem me ama.
Penumbra que me sacia
Erguendo minha pequena alma
Jogando-me num abismo que explode
Levando-me da loucura à calma.
Mãos que, em tropeço, me toma
Pedindo-me “ais” de surpresa
Revelando melancolia, quando termina,
Mas permitindo-me voos de borboleta.
Coração, acelerado, suplica
Por mais um incêndio em meus vales
Farta-me desta batalha insana,
Mate-me, em vida, de cansaço!