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Chama que, meus vales, queima

Quando chega noite em minha cama

Amortecendo meus medos do dia

Entregando-me a quem me ama.

Penumbra que me sacia

Erguendo minha pequena alma

Jogando-me num abismo que explode

Levando-me da loucura à calma.

Mãos que, em tropeço, me toma

Pedindo-me “ais” de surpresa

Revelando melancolia, quando termina,

Mas permitindo-me voos de borboleta.

Coração, acelerado, suplica

Por mais um incêndio em meus vales

Farta-me desta batalha insana,

Mate-me, em vida, de cansaço!

Li Vaz
Enviado por Li Vaz em 20/02/2009
Reeditado em 20/02/2009
Código do texto: T1448779
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