Poetes
Versos corridos sem dono, sem destino, apenas feitos;
Rimas que não rimam, historias que contradizem;
Virtudes viciosas, morais desmoralizantes;
Os ventos podem ser cortantes, mas as vozes são letais;
Versos de protesto, cantos mundanos no mundo se tornam assombrosos;
E toda forma de pensar é apenas a forma de dizer que algo esta errado;
Aonde vamos? E porque vamos?
Quando o resultado de tudo é o fim.
E se no fim houver um começo? Como explicar isto para os bebes?
Já meus versos são tão normais quando as vozes de protesto do Greenpeace, mas então se busco chocar porque não falar dos menininhos famintos do Congo e das fabricadas humanas a preço de sangue dos diamantes extraviados da África, ou então porque não ficar em solo brasileiro e falar das drogas matando o feto no ventre de sua mãe usuária.
Não! Meus versos já não chocam, pois, como o Jornal Nacional eu intercalo tragédias com poesias, intercalo miséria com fortunas, assim transformamos a sociedade alienada e anestesiada, e porque não anestesiar se o resultado de tudo é o fim.
Fim dos versos...