A Casa de Mary

As paredes são sujas por dentro, mas, limpas por fora

A fachada passa por reformas justamente agora

As toalhas fedem, os pratos são imundos

Mas está tudo escondido em uma caixa lá nos fundos

Há quem diga que tudo é de verdade

Não quero ficar pra saber se é bondade ou é maldade

Não dá mais pra sorrir com as piadas

Não dá mais para calar as palavras

Talvez a minha inquietude me deixe assim

Como se tudo precisasse ter início, meio e fim

Qual a diferença entre mentira e verdade?

Qual o limite da vaidade?

Em dia de visita, todo mundo se respeita

A loucura vira calma e todo mundo se “ajeita”

Não me acostumo com esse mundo sem jeito

A agonia parece às vezes querer saltar do peito

Todo mundo mente

Todo mundo sente

Há quem invente

Mas, todo mundo é gente

O velho moço
Enviado por O velho moço em 19/02/2009
Reeditado em 16/10/2009
Código do texto: T1447366
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