The killer on the road
Dor de solidão;
no alazão
cavalgo imóvel.
Sinto a pena
sinto a faca
na ferida que
me abre
sob olhares de ressaca.
Bosques que me aleijam
e castram
os meus sonhos de criança
e o sondar de almas pálidas.
Eis que surge a Feiticeira,
com seu olhar condenador.
Me curvo diante dela;
rola cachoeira, o sangue
de minhas pupilas.
Ó, tal dor estranha!
É sangria,
mas assanha.
Dá em mim,
minh’alma estranha.
De poeta como o cão,
de estradas curvilíneas.
Surge, então,
bem que me afaga.
Extravasa minhas entranhas.
É o álcool libidinoso,
e a fumaça em meus alvéolos.
Ora, Solidão(!);
divinas tetas!
Se não posso ser feliz,
serei triste e hei
de alimentar-vos (amigos) de alegria;
poeta e Palhaço.
Do cigarro que me queima,
sinto medo de faltar.
Mas não me acanho
em tais domínios,
pois em domingos já fui coma.
Sou de quem
não amo.
Quero quem
não me quer.
Bem ou mal,
ou mal-me-quer,
sou divino, transcendente,
como um véu de iceberg.
Qual tempo bom
que já não volta?-
nostalgia ou saudade?
Medo de não cicatrizar,
como no lombo
do boi de espécie.
Se ouvi, não sei se ouvi.
Se avisaste, não sei se senti.
Sei que rancor infantil não existe -
amor cristalizado,
de esperança sem limites.