Quimera
acordei de um sonho,
longínquo, distante,
quase impossível...
despertei-me para a vida
nos braços da Criatura
encontrei refugio, um novo abrigo.
revolvi todos os meus pecados:
amarras que me apertavam no peito
no afã de acarinhar meus desejos
mergulhei em seus vãos
como uma águia ferida
que se solta do cume do penhasco
Deus, ó Deus de todos os santos!
por que demorei tanto
para juntar minhas asas,
guardadas e partidas