Quimera

acordei de um sonho,

longínquo, distante,

quase impossível...

despertei-me para a vida

nos braços da Criatura

encontrei refugio, um novo abrigo.

revolvi todos os meus pecados:

amarras que me apertavam no peito

no afã de acarinhar meus desejos

mergulhei em seus vãos

como uma águia ferida

que se solta do cume do penhasco

Deus, ó Deus de todos os santos!

por que demorei tanto

para juntar minhas asas,

guardadas e partidas

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 18/02/2009
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