Astuto Amante
Quero-te,
tua vadia,
nua e crua!
Quero estar dentro e fora,
a rasgar a carne
macia e delgada,
de tua doce vagina molhada.
Quero-me em ti,
como a nau
que carrega o navio.
Em tua chaga cristã
meu cajado pagão.
Enterrar-te-ei como um touro,
de ódios e sedes
por sua vaca (M)mimosa.
Mimosas, tuas tetas
em meus dentes,
lábios e olhos.
Cego de desejo,
morto de cansaços;
ressuscitado em teus cachos.
Ó, que lábios róseos
que me sorriem
e me beijam;
no toque profundo
do grelo alucinado.
Tua boca em minha,
em mim e no meu...
todo teu.
De fronte ao maestro,
danças-te, Safada.
De quatro pelo Deus,
que dominas e que fazes gemer.
No colo, como o fantoche,
a versar mentiras
de um amor tão alienígena.
Pois, que se faça a hora!
Da quase Morte;
do orgasmo.
Venha tarde,
não se aprece.
(De prazer,
tu me enlouqueces!)
Estou dentro e fora.
Absorto e absoluto.
Solto em teu pranto.
Preso em teu suor
que, em clãs de ondas claras,
faz brotar teu tremular,
teus espasmos,
e meu gemido mais astuto.