PRISÕES

PRISÕES

Prisioneiros sem selas nem portões

Prisioneiros das loucas paixões

Estas que começam e não têm fim

Que nos confundem, mas nos concede porvir

Essas onde as correntes são seus braços

elos fortes, delicados e aéreos

Beijos são somente os açoites

Seus olhos verdes são torturadores loucos

A me impedir de ver o que quero

A me proteger daquilo que não quero ver

Quantas distâncias nos torturam e produz por

Mas a saudade é a sentença do suor

Que nos escraviza a um destino

E que é fisgado desde menino

Que na pedra filosofal

O ouro não é de metal

O ouro é de carne vermelha

A rosa é carmim e intensa

Nos convida à liberdade plena

Que só vive quem agüenta

Esses anos de prisão.

Prisioneiros sem selas e portões

Prisioneiros hoje não

Simplesmente guardiões.

Anjos das noites caídos no chão

De estrelas sem brilho fulgaz

Como as em Alcatraz.